[...]
Todos ali ficaram surpresos com a presença de Melissa ali e Isabel, abriu um largo sorriso ou ouvir a voz da filha:
-Claro filha, entra! - Humberto respondeu.
Melissa entrou, criando forças pra dar um passo atrás do outro, respirando fundo e pensando no que falar. Não tinha planejado nada, apenas saiu de casa num impulso e chegou até ali sem saber nem mesmo como. Tinha deixado Luan em casa com as crianças e vindo sozinha, aquele momento era dela:
-Bom, Já vamos falar com o médico, quer que esperemos você Mel?
-Não, tô de carro. Podem ir, saindo daqui volto direto pra casa, deixei Luan com as crianças. - Mel respondeu em tom sereno.
-Tudo bem! - Humberto deu um beijo nela e saiu juntamente com Clarisse.
Enquanto Isso isabel só olhava pra Melissa ali em pé ao lado de sua cama. E Melissa olhava em volta, todos os aparelhos indicavam que era algo grave. Isabel respirava com dificuldade, mas parece que naquele momento encontrou um pouco mais de forças pra poder falar:
-Melissa... Minha filha!
-Como... como se sente? - Mel procurava as palavras e tentava desfazer o grande nó em sua garganta.
-Muito... melhor agora... com você aqui. - Isabel sorria.
-Vou ser sincera com você, eu não sei bem o que estou fazendo aqui, mas estou seguindo meu coração.
-Ele... é o melhor... conselheiro! ... Senta aqui... - Isabel indicou o espaço próximo dela, para que Mel ficasse mais perto.
Um pouco receosa Melissa fez o que ela pediu, sentou-se e sentiu a mulher segurar sua mão naquele momento, não relutou, apenas se deixou levar pelo momento, pela primeira vez, segurando a mão de sua mãe, para ela, uma sensação nova e estranha:
-Você... mão mudou... nada, ... Ainda tem... a mesma... carinha de... 5 anos... atrás. - A mulher falava com dificuldade.
-Isso é bom! - Melissa tentou brincar.
-Não sabe... o quanto me ... faz feliz... estando aqui.
-Como disse, fiz o que meu coração mandou. Apesar de você ter me abandonado. - Melissa falou sem perceber, mas não se arrependeu.
-Não guarde... rancor de mim... Não quero... morrer... carregando essa ... culpa.
-Você não vai morrer.
-As vezes... penso que... seria melhor... afinal... eu não tenho... nada! Não tenho... uma família... não tenho você... nada me resta. - Uma lágrima escorreu no rosto pálido de Isabel.
-Você quem não quis ter a mim Isabel! - Melissa falava com mágoa.
-Um dia... você vai... entender o meu... lado da... história.
-Eu tenho dois filhos, e não os deixaria por nada nesse mundo. Os fins não justificam os meios! - Melissa levantou-se de perto dela e andou pelo quarto tentando segurar as lágrimas.
-Se seu... marido lhe... traísse... você ficaria?
-Não, mas também não deixaria meus filhos, nunca!
-É complicado... Eu errei... em te deixar... seu pai errou... em me trair... todos erramos. Mas... se eu pudesse... voltar no... tempo, faria... tudo diferente.
-É, só que não pode! 26 anos se passaram e não voltam mais! - As lágrimas escorriam contra a vontade de Melissa.
-Eu sei... mas não... quero morrer... sem o seu perdão! .... Sem te ouvir... me chamar de mãe... ao menos uma vez. - Isabel chorava e começava a ficar nervosa.
-Pare de falar que vai morrer!
-Só disso que.... eu ... preciso.
Mas nessa hora Isabel começou a passar muito mal, com mais dificuldade ainda de respirar e os aparelhos começaram a fazer barulhos diferentes. Melissa viu que algo estava errado e rapidamente chamou os enfermeiros que vieram ver o que Isabel tinha:
-A senhora vai ter que sair, ela ficou muito nervosa com sua presença! - uma das enfermeiras tirava Melissa do quarto.
-Ela vai ficar bem?
-Vamos fazer o possível!
Depois disso Melissa foi posta pra fora da UTI, e por sorte achou uma cadeira ali pra se sentar. Estava mais que nervosa, suas pernas estavam bambas e seu coração batia rápido. Desejou ter Luan ali naquele momento, desejou não ter que ver o que viu, que passar por tudo isso. Pensou que foi má ideia ter vindo, que Isabel piorou por sua culpa, e tudo que queria no momento era sair dali, voltar pra casa e pros braços de Luan, dormir e acordar sabendo que tudo aquilo foi um pesadelo:
-Precisa de ajuda? Esta se sentindo bem? - Um enfermeiro tocou o ombro dela.
-Sim... eu só...preciso de um copo d'água. - Ela falou quase num sussurro e em segundos o enfermeiro voltou com a água pra ela.
-Tem certeza que está bem? Esta tremendo, suando...
-Tenho, só passei, por uma forte emoção agora. - Mela falava, agora mais calma por conta da água.
-Você é Melissa Morais não é? Mulher do Luan Santana? - O rapaz perguntou com meio sorriso reconhecendo Melissa - Algum parente seu está doente?
-Sou eu sim, mas posso pedir uma coisa? Não diga a ninguém que me viu aqui ok?
-Claro, deve ser ruim ter a vida exposta, os passos sempre seguidos. Fique tranquila, não vou dizer nada a ninguém.
-Obrigada por isso e pela água, já vou. - Ela levantou-se tentando se recompor.
-Quer ajuda pra ir até o carro?
-Não, obrigada, você foi ótimo! - Ela tentou sorrir.
E então Melissa foi até o carro, respirou fundo e deu partida, dirigindo devagar na volta pra casa enquanto tentava esquecer tudo que tinha acontecido. Chegou rápido, guardou o carro e assim que entrou se deparou com Luan, cochilando no sofá com Sophia sobre seu peito também dormindo. Involuntariamente sorriu e contemplou aquela sena por alguns instantes e sentiu um imenso conforto no coração. Foi até eles, fez um carinho nas costas de Sophia e deu um beijo em Lua que o despertou:
-Mel? Nossa, acabei cochilando aqui. - Ele falava de um jeito lindo.
-Oi meu amor! - Ela o beijou mais uma vez.
-Sophia acordou chamando por você, tive que me desdobrar pra fazer ela dormir de novo. - Ele sorriu.
-Vamos colocá-la na cama?
-Bora!
Levaram Sophia pra cama novamente e depois seguiram para o quarto deles:
-E aí, como é que foi? - Luan perguntou esfregando os olhos.
-Tenso... - E assim Melissa contou toda a conversa pra Luan que ouviu enquanto a abraçava.
-É, tenso mesmo, mas o que pretende fazer agora?
-Não sei, só quero dormir, esquecer, ficar aqui com você onde sinto que nada pode me alcançar. - Ela o olhou nos olhos.
-Então faça isso, porque aqui, nos meus braços, nada pode te fazer mal! - Ele concordou sorrindo.
E assim, ambos acabaram pegando no sono pois estavam bem cansados e ali, no seu "porto seguro" Melissa pode esquecer por um momento todos os seus problemas e ter um pouco de paz.
O dia seguinte amanheceu chuvoso, mas Melissa tinha uma reunião importante na empresa e Luan, um encontro - também importante- com seus sócios. Almoçariam separados também e as crianças ficariam com a babá.
Ao chegar na empresa, Mel encontrou Edu que já veio lhe dar um forte abraço. Sim, ele já sabia de tudo:
-Meu pai já te contou? - Ela perguntou, ainda dentro do abraço do amigo.
-Contou, me ligou quando voltou do hospital, disse que você tinha ficado lá com Isabel, eu estranhei. - Ele agora a olhava nos olhos.
-Não sei o que fazer.
-Ter ido lá já foi um grande passo.
-Foi horrível, ela ficou muito mal. Tenho medo que ela ... - Melissa não completou mais Edu entendeu - Ela quer meu perdão e que eu a chame de mãe, mas não posso fazer isso!
-Tem certeza?
-Pelo menos por enquanto.
-Sabe Melissa, a vida nos prega peças você não acha? - Edu falava e ela apenas ouvia - Parece que ela quer te ensinar a perdoar... A Ellen, Isabel. Porque só assim, vai conseguir seguir sua vida em paz, sem nenhuma sombra atrás de você.
-A vida está sendo um tanto quanto injusta comigo, pois quer que eu perdoe e mulher que sequestrou meu filho e a que me abandonou quando era um bebê! - Mel falava com raiva.
-Como eu disse, ela prega peças.
-Porque colocou a Ellen nesse assunto?
-Encontrei com ela antes de vir pra cá, conversamos um pouco, ela me perguntou de você.- Edu falava naturalmente.
-Ela sequestrou seu afilhado!
-E isso foi a 5 anos atrás. Ela mudou e deu provas disso Melissa, não acha que já está na hora de dar uma chance? Ela é sua irmã, sofre com isso, seu pai também sofre e você...
-Tenho problemas demais pra me preocupar com isso agora! - Melissa cortou o assunto - A que horas começa a reunião?
-As 10:00, senhorita "Foge dos problemas!"
Melissa não queria pensar em mais nada, apenas forcar em seu trabalho do dia pra poder voltar logo pra casa. ,as nem tudo saiu como ela queria, não conseguiu se concentrar na reunião, mesmo assim, alcançou seu objetivo com a ajuda de Edu.
As horas estavam passando devagar e os pensamentos de Melissa continuavam em Isabel. Quando chegou a hora do almoço, saiu com Edu mas decidiu ir pra casa, não estava com cabeça pra trabalhar naquele dia mesmo querendo fazer isso a força. Então foi embora, almoçou com seus filhos e juntos esperaram Luan chegar.
Na parte da tarde saíram pra brincar com Bernardo e Sophia no parquinho pra que Melissa se distraísse um pouco também, enquanto isso, longe dali, no shopping, Humberto passeava com Ellen, também pra se distrair da doença de Isabel e de tudo que estavam passando:
-Então a mãe de Melissa voltou e está na UTI? - Ellen tentava entender, a algum tempo Humberto já tinha lhe contado toda a história da mãe de Melissa e como tudo aconteceu.
-Isso mesmo, e não deixou que avisássemos a ninguém da família dela, somente a nós.
-E a Mel? Co está com tudo isso?
-Não sei, confusa eu acho! Ainda a machuca muito o fato de Isabel tê-la abandonado, mas agora que ela está mal no hospital, talvez Melissa esqueça essa mágoa.
-Ela podia esquecer a mágoa que tem de mim também... - Ellen falou tristonha.
-Isso vai acontecer, mais cedo ou mais tarde! - Humberto abraçou a filha.
Mas nesse momento, seu celular tocou, era o médico que estava cuidando de Isabel dizendo que seu estado tinha piorado muito, então ele e Ellen correram para o carro e seguiram, mas antes passaram na casa de Melissa:
-Acho melhor eu voltar pra casa, Melissa não vai gostar nada d eme ver aqui! - Ellen falava antes de entrarem.
-Ela não vais e importar com isso numa hora dessas, vamos.
E assim entraram correndo e encontraram todos na cozinha, fazendo um lanche. Luan e Melissa ficaram muito surpresos ao verem Ellen ali, mas ouviram Humberto:
-Isabel piorou, temos que ir pro hospital!
-Ta... é, você vem Luan? - Melissa levantou-se atordoada.
-Vou, mais e as crianças?
-Porque não os leva? Talvez seja bom pra ela ver os netos. - Ellen falou baixinho.
-Crianças não entram na UTI. - Melissa respondeu seca.
-Eu fico com eles! - Zilda se manifestou.
-Ótimo! Tchau meus amores, mamãe e papai já voltam ok? - Melissa beijou os dois.
Depois disso seguiram, Ellen e Humberto num carro, Melissa e Luan no outro e não puderam deixar de comentar:
-Porque a Ellen está indo junto? - Luan perguntou.
-Não sei, também não em interessa pra onde ela vai, contanto que não chegue perto dos meus filhos... - Melissa respondeu.
-É... Pega meu boné no banco de trás por favor, tudo que eu menos quero é a imprensa atrás de nós!
Melissa fez o que Luan pediu e logo chegaram ao hospital e encontraram o médico:
-O que ela tem doutor? - Humberto perguntou.
-Alguns órgãos estão entrando em falência, se pararem ela vai precisar de um transplante o mais rápido possível! - O médico falava.
-Podemos vê-la? - Melissa quem perguntou.
-No momento ela está sedada, mais tarde, talvez, se o quadro melhorar.
-Nos mantenha informado de tudo. - Humberto pediu.
-Claro.
Depois disso, procuraram um lugar mais reservado pra ficarem pra não chamar tanta atenção. O silêncio predominou até que Humberto chamou Luan pra tomarem um café, Luan por sua vez relutou um pouco mais Melissa disse que podia ir, então ficaram somente ela e Ellen ali.
Mel apoiou os cotovelos nas pernas e o rosto nas mãos, como se estivesse pensando. Ellen permaneceu de braços cruzados por um tempo, buscando as palavras, até que falou:
-Eu sei que deve estar odiando a minha presença aqui, mas eu só quero ajudar...
-Tanto faz a sua presença aqui. - Melissa respondeu com descaso.
Ellen silenciou mais uma vez, mas viu uma lágrima escorrer no rosto de Melissa, viu também ela erguer a cabeça e a olhar, começando a falar sem parar:
-Eu não devia estar aqui, ela não é minha mãe, não é nada! Me abandonou quando eu era um bebê, foi embora e nunca se importou comigo e agora, olha onde eu estou? Aqui, com ela, como se ela fosse importante pra mim e eu pra ela. Mas não é assim que as coisas são e não sei porque eu estou sofrendo desse jeito, por causa dessa mulher!
E assim começou a chorar desesperadamente, perdendo o controle. E num subto, Ellen a abraçou forte, apoiando a cabeça dela em seu peito e falando repetidas vezes:
-Calma, vai ficar tudo bem! Calma, eu estou aqui!
E Melissa se deixou abraçar, para controlar o misto de sentimentos que estavam presos e confusos em seu peito, mesmo sabendo que a mulher que a estava abraçando, foi a mesma que lhe traiu no passado.
@BeatrizEvellynS Obrigada pelas palavras de incentivo amor! Fiquei muito feliz com o que você falou, que bom que gosta das minhas histórias e da forma como escrevo. Pode ter certeza que é de coração viu? Pode deixar que não vou parar nunca, enquanto Deus me der um cérebro e duas mãos, estarei aqui deixando minha marca pra vocês. Mas já sabe, não vale me abandonar ok? Beijãão ;) -É, só que não pode! 26 anos se passaram e não voltam mais! - As lágrimas escorriam contra a vontade de Melissa.
-Eu sei... mas não... quero morrer... sem o seu perdão! .... Sem te ouvir... me chamar de mãe... ao menos uma vez. - Isabel chorava e começava a ficar nervosa.
-Pare de falar que vai morrer!
-Só disso que.... eu ... preciso.
Mas nessa hora Isabel começou a passar muito mal, com mais dificuldade ainda de respirar e os aparelhos começaram a fazer barulhos diferentes. Melissa viu que algo estava errado e rapidamente chamou os enfermeiros que vieram ver o que Isabel tinha:
-A senhora vai ter que sair, ela ficou muito nervosa com sua presença! - uma das enfermeiras tirava Melissa do quarto.
-Ela vai ficar bem?
-Vamos fazer o possível!
Depois disso Melissa foi posta pra fora da UTI, e por sorte achou uma cadeira ali pra se sentar. Estava mais que nervosa, suas pernas estavam bambas e seu coração batia rápido. Desejou ter Luan ali naquele momento, desejou não ter que ver o que viu, que passar por tudo isso. Pensou que foi má ideia ter vindo, que Isabel piorou por sua culpa, e tudo que queria no momento era sair dali, voltar pra casa e pros braços de Luan, dormir e acordar sabendo que tudo aquilo foi um pesadelo:
-Precisa de ajuda? Esta se sentindo bem? - Um enfermeiro tocou o ombro dela.
-Sim... eu só...preciso de um copo d'água. - Ela falou quase num sussurro e em segundos o enfermeiro voltou com a água pra ela.
-Tem certeza que está bem? Esta tremendo, suando...
-Tenho, só passei, por uma forte emoção agora. - Mela falava, agora mais calma por conta da água.
-Você é Melissa Morais não é? Mulher do Luan Santana? - O rapaz perguntou com meio sorriso reconhecendo Melissa - Algum parente seu está doente?
-Sou eu sim, mas posso pedir uma coisa? Não diga a ninguém que me viu aqui ok?
-Claro, deve ser ruim ter a vida exposta, os passos sempre seguidos. Fique tranquila, não vou dizer nada a ninguém.
-Obrigada por isso e pela água, já vou. - Ela levantou-se tentando se recompor.
-Quer ajuda pra ir até o carro?
-Não, obrigada, você foi ótimo! - Ela tentou sorrir.
E então Melissa foi até o carro, respirou fundo e deu partida, dirigindo devagar na volta pra casa enquanto tentava esquecer tudo que tinha acontecido. Chegou rápido, guardou o carro e assim que entrou se deparou com Luan, cochilando no sofá com Sophia sobre seu peito também dormindo. Involuntariamente sorriu e contemplou aquela sena por alguns instantes e sentiu um imenso conforto no coração. Foi até eles, fez um carinho nas costas de Sophia e deu um beijo em Lua que o despertou:
-Mel? Nossa, acabei cochilando aqui. - Ele falava de um jeito lindo.
-Oi meu amor! - Ela o beijou mais uma vez.
-Sophia acordou chamando por você, tive que me desdobrar pra fazer ela dormir de novo. - Ele sorriu.
-Vamos colocá-la na cama?
-Bora!
Levaram Sophia pra cama novamente e depois seguiram para o quarto deles:
-E aí, como é que foi? - Luan perguntou esfregando os olhos.
-Tenso... - E assim Melissa contou toda a conversa pra Luan que ouviu enquanto a abraçava.
-É, tenso mesmo, mas o que pretende fazer agora?
-Não sei, só quero dormir, esquecer, ficar aqui com você onde sinto que nada pode me alcançar. - Ela o olhou nos olhos.
-Então faça isso, porque aqui, nos meus braços, nada pode te fazer mal! - Ele concordou sorrindo.
E assim, ambos acabaram pegando no sono pois estavam bem cansados e ali, no seu "porto seguro" Melissa pode esquecer por um momento todos os seus problemas e ter um pouco de paz.
...
O dia seguinte amanheceu chuvoso, mas Melissa tinha uma reunião importante na empresa e Luan, um encontro - também importante- com seus sócios. Almoçariam separados também e as crianças ficariam com a babá.
Ao chegar na empresa, Mel encontrou Edu que já veio lhe dar um forte abraço. Sim, ele já sabia de tudo:
-Meu pai já te contou? - Ela perguntou, ainda dentro do abraço do amigo.
-Contou, me ligou quando voltou do hospital, disse que você tinha ficado lá com Isabel, eu estranhei. - Ele agora a olhava nos olhos.
-Não sei o que fazer.
-Ter ido lá já foi um grande passo.
-Foi horrível, ela ficou muito mal. Tenho medo que ela ... - Melissa não completou mais Edu entendeu - Ela quer meu perdão e que eu a chame de mãe, mas não posso fazer isso!
-Tem certeza?
-Pelo menos por enquanto.
-Sabe Melissa, a vida nos prega peças você não acha? - Edu falava e ela apenas ouvia - Parece que ela quer te ensinar a perdoar... A Ellen, Isabel. Porque só assim, vai conseguir seguir sua vida em paz, sem nenhuma sombra atrás de você.
-A vida está sendo um tanto quanto injusta comigo, pois quer que eu perdoe e mulher que sequestrou meu filho e a que me abandonou quando era um bebê! - Mel falava com raiva.
-Como eu disse, ela prega peças.
-Porque colocou a Ellen nesse assunto?
-Encontrei com ela antes de vir pra cá, conversamos um pouco, ela me perguntou de você.- Edu falava naturalmente.
-Ela sequestrou seu afilhado!
-E isso foi a 5 anos atrás. Ela mudou e deu provas disso Melissa, não acha que já está na hora de dar uma chance? Ela é sua irmã, sofre com isso, seu pai também sofre e você...
-Tenho problemas demais pra me preocupar com isso agora! - Melissa cortou o assunto - A que horas começa a reunião?
-As 10:00, senhorita "Foge dos problemas!"
Melissa não queria pensar em mais nada, apenas forcar em seu trabalho do dia pra poder voltar logo pra casa. ,as nem tudo saiu como ela queria, não conseguiu se concentrar na reunião, mesmo assim, alcançou seu objetivo com a ajuda de Edu.
As horas estavam passando devagar e os pensamentos de Melissa continuavam em Isabel. Quando chegou a hora do almoço, saiu com Edu mas decidiu ir pra casa, não estava com cabeça pra trabalhar naquele dia mesmo querendo fazer isso a força. Então foi embora, almoçou com seus filhos e juntos esperaram Luan chegar.
Na parte da tarde saíram pra brincar com Bernardo e Sophia no parquinho pra que Melissa se distraísse um pouco também, enquanto isso, longe dali, no shopping, Humberto passeava com Ellen, também pra se distrair da doença de Isabel e de tudo que estavam passando:
-Então a mãe de Melissa voltou e está na UTI? - Ellen tentava entender, a algum tempo Humberto já tinha lhe contado toda a história da mãe de Melissa e como tudo aconteceu.
-Isso mesmo, e não deixou que avisássemos a ninguém da família dela, somente a nós.
-E a Mel? Co está com tudo isso?
-Não sei, confusa eu acho! Ainda a machuca muito o fato de Isabel tê-la abandonado, mas agora que ela está mal no hospital, talvez Melissa esqueça essa mágoa.
-Ela podia esquecer a mágoa que tem de mim também... - Ellen falou tristonha.
-Isso vai acontecer, mais cedo ou mais tarde! - Humberto abraçou a filha.
Mas nesse momento, seu celular tocou, era o médico que estava cuidando de Isabel dizendo que seu estado tinha piorado muito, então ele e Ellen correram para o carro e seguiram, mas antes passaram na casa de Melissa:
-Acho melhor eu voltar pra casa, Melissa não vai gostar nada d eme ver aqui! - Ellen falava antes de entrarem.
-Ela não vais e importar com isso numa hora dessas, vamos.
E assim entraram correndo e encontraram todos na cozinha, fazendo um lanche. Luan e Melissa ficaram muito surpresos ao verem Ellen ali, mas ouviram Humberto:
-Isabel piorou, temos que ir pro hospital!
-Ta... é, você vem Luan? - Melissa levantou-se atordoada.
-Vou, mais e as crianças?
-Porque não os leva? Talvez seja bom pra ela ver os netos. - Ellen falou baixinho.
-Crianças não entram na UTI. - Melissa respondeu seca.
-Eu fico com eles! - Zilda se manifestou.
-Ótimo! Tchau meus amores, mamãe e papai já voltam ok? - Melissa beijou os dois.
Depois disso seguiram, Ellen e Humberto num carro, Melissa e Luan no outro e não puderam deixar de comentar:
-Porque a Ellen está indo junto? - Luan perguntou.
-Não sei, também não em interessa pra onde ela vai, contanto que não chegue perto dos meus filhos... - Melissa respondeu.
-É... Pega meu boné no banco de trás por favor, tudo que eu menos quero é a imprensa atrás de nós!
Melissa fez o que Luan pediu e logo chegaram ao hospital e encontraram o médico:
-O que ela tem doutor? - Humberto perguntou.
-Alguns órgãos estão entrando em falência, se pararem ela vai precisar de um transplante o mais rápido possível! - O médico falava.
-Podemos vê-la? - Melissa quem perguntou.
-No momento ela está sedada, mais tarde, talvez, se o quadro melhorar.
-Nos mantenha informado de tudo. - Humberto pediu.
-Claro.
Depois disso, procuraram um lugar mais reservado pra ficarem pra não chamar tanta atenção. O silêncio predominou até que Humberto chamou Luan pra tomarem um café, Luan por sua vez relutou um pouco mais Melissa disse que podia ir, então ficaram somente ela e Ellen ali.
Mel apoiou os cotovelos nas pernas e o rosto nas mãos, como se estivesse pensando. Ellen permaneceu de braços cruzados por um tempo, buscando as palavras, até que falou:
-Eu sei que deve estar odiando a minha presença aqui, mas eu só quero ajudar...
-Tanto faz a sua presença aqui. - Melissa respondeu com descaso.
Ellen silenciou mais uma vez, mas viu uma lágrima escorrer no rosto de Melissa, viu também ela erguer a cabeça e a olhar, começando a falar sem parar:
-Eu não devia estar aqui, ela não é minha mãe, não é nada! Me abandonou quando eu era um bebê, foi embora e nunca se importou comigo e agora, olha onde eu estou? Aqui, com ela, como se ela fosse importante pra mim e eu pra ela. Mas não é assim que as coisas são e não sei porque eu estou sofrendo desse jeito, por causa dessa mulher!
E assim começou a chorar desesperadamente, perdendo o controle. E num subto, Ellen a abraçou forte, apoiando a cabeça dela em seu peito e falando repetidas vezes:
-Calma, vai ficar tudo bem! Calma, eu estou aqui!
E Melissa se deixou abraçar, para controlar o misto de sentimentos que estavam presos e confusos em seu peito, mesmo sabendo que a mulher que a estava abraçando, foi a mesma que lhe traiu no passado.
[Continua]
Capitulo "2 em 1" para compensar parte da minha dívida com vocês!
haha'
Espero que gostem!
Mas, falando da história..
Melissa não consegue perdoar Isabel,
essa por sua vez esta muito mal
e Ellen apareceu também no meio disso tudo!
E agora?
Galera, vamos votar na enquete porque ela que vai decidir os próximos capítulos então vamos votar e eu atenderei a vontade da maioria!
Então, é isso!
Beijos
Mayara
@FCAsCoelinhasLS
cm assim dois eh um ? tá loca muié, deu dois capítulos isso n em kkk :c
ResponderExcluirnão vou gostar da história se a Mel perdoar essa Ellen ai
ResponderExcluircontinua dnd so falei oque eu tinha certeza @BeatrizEvellynS
ResponderExcluirMuito delicada a situação da Melissa,mas acho que ela tem que perdoar porque senão ela vai continuar tendo esses pesadelos atormentando ela sempre,e qnt a Ellen vamos com calma que ate eu não confio 100% nessa mudança dela. SC
ResponderExcluirAcho que Mel tem que perdoar Ellen pq elas são irmã, todos nos merece uma segunda chance e tbm já se passaram 5 anos e eu ACHO que Ellen mudou. Isabel ta quase morrendo e mais que seja difícil de perdoa ela Mel tem que da uma segunda chance a ela tbm pq como Edu disse ''Porque só assim, vai conseguir seguir sua vida em paz, sem nenhuma sombra atrás de você.'' e isso so vai acontecer se Mel perdoa elas.
ResponderExcluir